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Catarata é uma opacidade parcial ou total do cristalino, uma lente biconvexa natural do olho, localizado atrás da pupila e que participa de sua função refrativa. Ele colabora na convergência dos raios luminosos para a formação da imagem na retina, portanto qualquer alteração na sua constituição altera a nitidez visual. A causa mais comum de catarata é a senil, ou seja, pelo envelhecimento natural do cristalino ao longo da vida.
Existe também a catarata por causas secundárias como o uso crônico de corticóides, doenças metabólicas, diabetes, uveítes (inflamação intra ocular), trauma e exposição excessiva à radiação ultravioleta. A catarata apresenta-se ,na maioria das vezes, como uma perda visual progressiva tanto para perto como para longe. Essa perda de visão pode ser unilateral ou bilateral. O paciente pode queixar-se de perda de contraste das cores e troca frequente do grau dos óculos , sem melhora na qualidade de visão. O diagnóstico é feito pelo oftalmologista durante o exame médico. O tratamento da catarata é cirúrgico. A partir do momento em que a baixa acuidade visual não é mais corrigida com o uso de correções ópticas há indicação cirúrgica. O momento propício para a realização da cirurgia depende também do prejuízo e do comprometimento que esta opacificação vem trazendo ao cotidiano e as funções habituais do paciente. A moderna cirurgia de catarata é um procedimento rápido, indolor e bastante tranquilo para o paciente . É realizada com anestesia local (tópica ou periocular), com sedação leve e de forma ambulatorial. Utilizamos a mais avançada tecnologia de facoemulsificação. O cristalino opacificado será dissolvido por ondas de ultrassom e aspirado através de microincisão. Graças ao uso de microscópio de alta resolução e sofisticados aparelhos de facoemulsificação, que dispõem de tecnologia ultrassônica, é possível realizar a cirurgia com microincisões valvuladas de 2mm, na maioria das vezes sem a necessidade de pontos. Dispomos de microscópio Zeiss (Alemanha) e equipamentos de faco- emulsificação de reconhecidas marcas mundiais: Alcon e Bausch& Lomb (EUA). Os cirurgiões que operam no IOV contam com o que há de mais moderno. Muito mais segurança para o cirurgião , eficiência para a cirurgia e conforto para o paciente.
Após a retirada da catarata é implantada uma nova lente intra ocular para substituir o cristalino que foi removido cirurgicamente. A implantação da lente que substituirá o cristalino deve permitir não apenas a focalização das imagens, mas contar com diversos modelos e materiais para melhor se adequar a sua finalidade e ao caso do paciente.
Uma das grandes evoluções desta cirurgia foram as lentes intraoculares de última geração chamadas Premium. São lentes dobráveis de alta tecnologia , pois permitem não só a melhora da visão como também a redução ou eliminação dos erros refrativos (miopia, hipermetropia , astigmatismo e presbiopia) e portanto permitem a diminuição da dependência de óculos para enxergar. Existem vários tipos de lentes intraoculares dobráveis , cada uma com características individuais: • LENTES ASFÉRICAS : Lente acrílica dobrável, implantada através de injetor por incisões de 2.2 mm. Este desenho de lente asférico busca modificar o raio de curvatura da lente do centro para a periferia , para que os raios de luz acabem focando em um mesmo ponto da retina. Permitem melhor qualidade de visão sob condições de luz reduzida , por exemplo, a noite e melhor sensibilidade ao contraste. • LENTES TÓRICAS: Permitem a correção de erros refrativos como a miopia, hipermetropia e astigmatismo, mas não corrigem a presbiopia. Permitem boa visão para longe e maior independência dos óculos para longe após a cirurgia. • LENTES MULTIFOCAIS: Permitem a redução de erros refrativos e independência dos óculos para longe e para perto, após a cirurgia. • LENTES TRIFOCAIS: São as lentes mais modernas . Além dos benefícios da lente multifocal , permitem também uma boa visão na faixa da meia distância (60 a 80 cm), tornando-a muito confortável e sendo indicada em especial para os usuários de computadores e celulares. • LENTES MULTIFOCAIS E TRIFOCAIS TÓRICAS: Permitem a correção de todos os erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia).
Os erros refracionais ocorrem quando a imagem não é perfeitamente focada na retina, o que causa uma visão pouco nítida. Os motivos mais comuns são: comprimento axial do globo ocular aumentado ou reduzido e alterações na curvatura da córnea. Os erros refracionais são: miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.
O míope não consegue enxergar para longe com a imagem nítida. No olho míope, a imagem se forma antes da retina, causando borramento da visão para objetos que encontram-se distantes. A miopia pode ser tratada com óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa a laser.
O hipermétrope tende a ter olhos mais curtos – o inverso dos míopes – fazendo com que a imagem seja focada após a retina, causando geralmente embaçamento visual para imagens que estão mais perto (leitura, por exemplo). Pequenas hipermetropias geralmente são compensadas pela acomodação do cristalino e podem ser assintomáticas, porém com a perda natural da acomodação que acontece gradualmente após os 35 anos, esta hipermetropia começa a tornar-se manifesta, podendo inclusive causar borramento da visão de longe também. A hipermetropia pode ser tratada com óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa a laser.
O astigmatismo na grande maioria dos casos é causado por uma irregularidade na curvatura da córnea, fazendo com que os feixes de luz atravessem-na e cheguem na retina desfocados, causando então uma distorção na visão. Além da visão borrada, o astigmatismo pode causar dor de cabeça e cansaço visual. O astigmatismo pode ser corrigido com óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa a laser.
A presbiopia (popularmente conhecida como vista cansada) é a perda natural e progressiva da capacidade de focar a imagem de perto (leitura, por exemplo). Ela ocorre após os 40 anos de idade devido à perda de flexibilidade do cristalino (nossa lente intraocular natural), incapacitando-o de alterar sua curvatura de modo a focar a imagem. A presbiopia pode ser corrigida com óculos para perto, óculos multifocais (quando a pessoa tem também erro refracional para longe), lentes de contato, cirurgia refrativa a laser ou com implante de lentes intraoculares.
Pessoas com miopias leves ou mesmo pequenos graus de astigmatismo geralmente tem a imagem de perto focada, desta forma não precisando de óculos para perto nesta fase.
Para avaliação pré operatória precisa e segura, o Instituto de Oftalmologia do Vale utiliza o Tomógrafo de Córnea e Segmento Anterior OCULUS – PENTACAM AXL (Alemanha). Este aparelho permite a avaliação da curvatura anterior da córnea e também de sua curvatura posterior, espessura e elevação. Através de complexos cálculos matemáticos, gráficos e dados de avaliação diagnóstica, este exame possibilita precisão e segurança no planejamento pré operatório de cirurgia refrativa.
O Instituto de Oftalmologia do Vale (IOV) dispõe do Tomógrafo Computadorizado de Retina DRI-OCT TRITON PLUS -TOPCON (Alemanha). Utilizando a mais atual tecnologia e melhor resolução das imagens em retina, possibilita o diagnóstico precoce e preciso das doenças retinianas.
A macula é a região central da retina, responsável portanto pela visão central. O buraco macular é uma doença relativamente comum, afetando pacientes com mais de 40 anos, levando a uma ruptura parcial ou total das camadas dessa região. O sintoma principal é a redução da visão central. O diagnóstico é realizado com exames como retinografia, tomografia de coerência ótica, angiofluoresceinografia, retinografia digital com autofluorescência. O tratamento pode ser realizado com infusão intraocular de medicamentos ou cirurgias.
O vítreo é um gel em geral transparente, preenchendo todo o interior do globo ocular, e aderido à retina neurossensorial. Porém com o aumento de idade este gel tende a passar por um processo degenerativo e encolher, o que geralmente leva a um descolamento do gel da retina. Em alguns casos, devido à ação mecânica, pode induzir a roturas e buracos na retina, que por sua vez podem levar ao descolamento da retina. Os sintomas mais comuns são escotomas, moscas volantes, manchas na visão e fotopsias (visualização de pontos brilhantes ou flashes de luz). O tratamento geralmente consiste em realizar fotocoagulação a laser na retina, para evitar o descolamento da retina.
A degeneração macular relacionada à idade é uma doença da retina central, sendo uma das principais causas de baixa visão em pessoas acima de 50 anos de idade. Além do aumento da idade, alguns fatores predispõem a doença: hereditariedade, tabagismo, obesidade, hipertensão, entre outros.
Na qual ocorre uma deposição focal de material lipoproteíco na retina, gerando drusas e também atrofia localizada da retina.
Na qual há formação de neovasos (vasos sanguíneos anormais) na região, que causam hemorragia e extravasamento de material lipoproteíco, levando a um processo de desorganização e cicatrização da retina, o que gera perda da visão central.
Os principais sintomas de degeneração macular relacionada à idade são redução da visão central, escotomas, manchas na visão. O diagnóstico é feito com exames de OCT (tomografia de coerência ótica), retinografia, angiofluoresceinografia, retinografia digital com autofluorescência, campimetria computadorizada e FDT Matrix.
O tratamento de DMRI do tipo seca, quando em sua forma leve é realizado com indicação de ingestão de antioxidantes e vitaminas e monitoramento oftalmológico para detecção precoce da DMRI do tipo úmida. Para os casos severos e avançadas alguns tratamentos com células troncos ou drogas especificas estão em investigação. No Tratamento de DMRI do tipo exsudativa é importante a detecção precoce, para evitar a progressão para a forma cicatricial da doença. O tratamento pode consistir em infusão intravítrea de medicamentos antiangiogênicos, que causam a regressão dos neovasos ajudando a impedir desta forma os eventos que levam a desorganização da retina. Ocasionalmente, pode-se também realizar fotocoagulação a laser de retina ou infusão intravítrea de antinflamatórios.
O gel vítreo (gel que preenche o interior do olho) é normalmente transparente, portanto a luz atravessa-o e chega à retina de forma uniforme. Porém, quando ocorre uma contração e desprendimento deste gel da retina ou uma condensação das proteínas do gel, podem ocorrer sintomas visuais como pontos pretos ou manchas na visão, o que são chamados de moscas volantes. Esses sintomas são mais comuns de ocorrer com o aumento da idade e em míopes ou após traumas e inflamações oculares. Nesses casos, é importante a avaliação do oftalmologista, pois podem ocorrer associadamente pequenas roturas ou buracos na retina, que podem evoluir para descolamento da retina. O diagnóstico é feito com biomicroscopia de fundo e retinografia digital. Quando necessário recomenda-se fotocoagulação nas roturas da retina.
A Síndrome da Tração Vitreomacular é uma doença que afeta a mácula, região central da retina, levando à alterações do tecido retiniano. Os sintomas são escotomas (manchas na visão), metamorfopsias (deformação na imagem) ou diplopia (visão dupla). O diagnóstico pode ser feito através da biomicroscopia de fundo associada a exames complementares como tomografia de coerência ótica, retinografia, angiofluoresceinografia e retinografia digital com autofluorescência. O tratamento pode ser realizado com injeção de gás intraocular, infusão intravítrea de medicamentos ou cirurgia.
O Descolamento de Retina é o descolamento de retina neurossensorial, causando redução no fornecimento de nutrientes e sua degeneração. Pode ocorrer de forma espontânea ou associada à trauma ocular e é mais frequente em pacientes com alta miopia. Os sintomas geralmente são fotopsia (flashes de luz) associados à escotomas ou moscas volantes (manchas na visão). O tratamento deve ser feito com urgência, para evitar a perda da visão. Geralmente é realizado com cirurgia vítreo retiniana associado à fotocoagulação de retina.
O Edema Macular ocorre quando a mácula, região central da retina, torna-se edemaciada (inchada), o que leva à uma redução da visão central. As principais causas são: degeneração macular relacionada à idade, retinopatia diabética, oclusões vasculares de retina e doenças inflamatórias da retina. O diagnóstico é feito pela biomicroscopia de fundo associada a exames complementares como tomografia de coerência ótica, retinografia digital, campimetria computadorizada, angiofluoresceinografia e FDT Matrix. O tratamento consiste de fotocoagulação de retina, infusão intravítrea de medicamentos ou cirurgia.
A Oclusão da Veia da Retina é a obstrução da circulação sanguínea dos vasos da retina causada por um tromboembolismo. Os principais fatores de risco são hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, doenças cardiovasculares em geral e glaucoma. Os sintomas são perda aguda da acuidade visual e escotomas (manchas na visão). O diagnóstico é feito pela biomicroscopia de fundo associada a exames complementares como tomografia de coerência ótica, retinografia digital, angiofluoresceinografia, campimetria computadorizada e FDT Matrix. O tratamento é realizado com fotocoagulação a laser, infusão intravitrea de medicamentos ou cirurgia.
A Neurite Ótica é uma doença que causa um processo inflamatório do nervo ótico e pode estar associada à uma doença desmielinizante generalizada chamada esclerose múltipla. Geralmente ocorre em adultos jovens entre 20 e 50 anos de idade. Os sintomas são redução da visão ocasionalmente associado à dor ocular. O diagnóstico é feito através da biomicroscopia de fundo associada à exames complementares como tomografia de coerência ótica, retinografia digital, angiofluoresceinografia, campimetria computadorizada. Eventualmente pode ser necessário também avaliação neurológica e neuroimagem (ressonância magnética). O tratamento varia desde apenas observação até o uso de medicamentos intravenosos, dependendo da gravidade e do tempo da doença.
A Corioretinopatia Serosa Central é uma doença que causa um descolamento seroso da região macular da retina, que é responsável pela visão central. Acomete mais frequentemente em homens entre 20 e 50 anos de idade. A causa ainda não é conhecida, mas geralmente é relacionada a situações de stress, onde há um nível elevado de catecolaminas no sangue. Os sintomas geralmente são de redução da visão central. O diagnóstico é feito pela biomicroscopia de fundo associada a exames complementares como tomografia de coerência ótica, retinografia digital, campimetria computadorizada, angiofluoresceinografia. O tratamento inicialmente consiste em observação associado ao uso de colírios. Quando não ocorre a resolução do quadro, está indicada a fotocoagulação de retina e/ou infusão intravitrea de medicamentos.
A Retinopatia Diabética é uma doença da retina que acomete pacientes diabéticos. Ela é causada por uma fragilidade dos vasos sanguíneos da retina, iniciando com exsudação e extravasamento de líquidos e sangue para o interior da retina, o que leva à redução da visão. Em suas formas mais graves induz à formação de neovasos (vasos sanguíneos anormais) associado à fibrose, cicatrização e desorganização do tecido retiniano, podendo até causar descolamento de retina. No inicio não apresenta sintomas, mas se não diagnosticada de forma precoce, pode levar a perda visual importante e muitas vezes de forma súbita e não totalmente recuperável. É de extrema importância o controle rigoroso da glicemia (níveis de açúcar no sangue), triglicerídeos, colesterol e da pressão arterial. É fundamental o acompanhamento oftalmológico periódico (no mínimo, semestral!) de todo paciente diabético, mesmo que ainda não tenha apresentado nenhum sinal de retinopatia. O diagnóstico é feito pela biomicroscopia de fundo, associada à exames complementares como tomografia de coerência ótica, retinografia digital e angiofluoresceinografia. O tratamento depende da gravidade da doença, variando entre observação, fotocoagulação de retina, infusão intravítrea de medicamentos ou cirurgia.
A hemorragia vítrea consiste no sangramento de vasos da retina, causando extravasamento de sangue para a região interna do olho, o gel vítreo. As principais causas são: retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva severa, doenças vasculares retinianas em geral, trauma ocular, descolamento de retina e roturas retinianas. O diagnóstico é feito através da biomicroscopia de fundo, associada a exames complementares como tomografia de coerência ótica, retinografia digital e angiofluoresceinografia. O tratamento depende da causa e gravidade do caso, variando entre observação, infusão intravítrea de medicamentos e cirurgia.
Membrana epirretiniana é uma doença da interface vitreoretiniana, causada por proliferação fibrovascular da retina interna, gerando distorção e enrugamento da macula (região central da retina). A patogênese ocorre devido ao uma gliose reativa em resposta ao descolamento vítreo posterior, levando a migração de células gliais e de Muller para a superfície macular, que proliferam e resultam na formação da membrana. Como sintomas geralmente causa redução e distorção (metamorfopsia) da visão central. Em casos leves e pouco sintomáticos a conduta é de observação e acompanhamento. Quando a visão fica muito prejudicada, em casos moderados e /ou avançados, indica-se a cirurgia da remoção da membrana, com vitrectomia.
É uma doença bastante comum, sendo causada por uma redução na qualidade e/ou quantidade do filme lacrimal, a película da lágrima que mantém nossos olhos úmidos e hidratados. É patologia multifatorial e complexa, tendo frequentemente inúmeras causas, entre elas: fatores ambientais (ar seco, vento, ar condicionado, uso excessivo de leitura ou computadores - causando redução na frequência do piscar, fatores hereditários, dieta, uso de medicamentos (antidepressivos, anti-histamínicos) e doenças associadas (Síndrome de Sjogran, artrite reumatóide, doenças reumatológicas). Os sintomas são bastante variados, sendo comum: ardência, coceira, dor ocular, hiperemia ocular (olhos vermelhos), redução na qualidade visual (embaçamento visual) e mesmo lacrimejamento.
O diagnóstico é feito através da biomicroscopia, associado, quando preciso, ao uso de colírios especiais (fluoresceína, rosa bengala, lissamina verde) ou exames complementares. O tratamento depende da causa e severidade do olho seco, sendo realizado com orientações gerais, e uso de colírios lubrificantes. Ocasionalmente usa-se também colírios antinflamatórios, imunomodeladores ou implante de plug lacrimal.
O principal tratamento consiste em uso de colírios lubrificantes para manter os olhos hidratados.
Em casos selecionados, podem ser implantados plugs lacrimais no canalículo lacrimal (local de saída da lagrima), para que ocorra a retenção desta, mantendo os olhos mais hidratados. Esses implantes são feitos no consultório, de forma rápida, fácil e indolor.
A córnea normalmente é uma estrutura transparente e regular, o que permite que os raios de luz atravessem de forma uniforme e cheguem focados na retina, proporcionando uma visão com nitidez. O ceratocone é uma doença não inflamatória da córnea, na qual ela apresenta uma rigidez reduzida do colágeno corneano, causando afinamento e perda da sua regularidade, o que gera um astigmatismo irregular e visão embaçada. O ceratocone geralmente surge na adolescência ou em adultos jovens, e pode ser progressivo. A progressão normalmente é lenta, mas pode haver períodos de piora rápida. Não é possível prever quais pacientes irão progredir, nem a velocidade desta progressão. A doença afeta os dois olhos em cerca de 90% dos casos, mas geralmente é assimétrica. As causas ainda não são totalmente conhecidas, mas provavelmente tem origem genética. É muito frequente que as pessoas que apresentam ceratocone tenham o hábito de coçar os olhos de forma crônica (por exemplo, conjuntivite alérgica). Este hábito causa um aumento na fragilidade corneana, pois estimula a produção de enzimas na córnea que reduzem sua resistência, sendo portanto terminantemente desencorajado. Em sua fase inicial, o ceratocone pode ser quase assintomático, porém à medida em que vai progredindo, nota-se uma redução na qualidade da visão, pois devido ao encurvamento e afinamento corneano gera-se miopia e astigmatismo. Ocasionalmente o paciente pode ser hipermetrope.
O Instituto de Oftalmologia do Vale (IOV) dispõe do equipamento mais moderno e preciso para o diagnóstico e acompanhamento do Ceratocone, o aparelho de Tomografia Computadorizada da Córnea OCULUS- PENTACAM AXL ( Alemanha). Este aparelho permite não só a avaliação da curvatura anterior da córnea, como também a sua curvatura posterior, espessura e dados de elevação. Através de cálculos matemáticos, o seu software permite a avaliação de todas as estruturas corneanas, facilitando o diagnóstico e análise de progressão do ceratocone.
Na sua fase inicial, o ceratocone causa pouco astigmatismo irregular, possibilitando uma boa acuidade visual com o auxílio de óculos ou lentes de contato gelatinosas. No estágio moderado da doença, faz-se necessário o uso de lentes de contato especiais para que se consiga uma boa qualidade de visão. O uso de lentes bem adaptadas não prejudica a córnea nem o ceratocone, mas também não impede a sua progressão. Existem vários modelos e desenhos de lentes de contato, que são determinados para cada caso individualmente, com base no aspecto morfológico e magnitude do ceratocone e com testes de prova das lentes. As mais frequentemente usadas são as lentes gás-permeáveis de desenho esférico ou asférico, mas em casos avançados pode ser necessário lentes com desenho bicurvo ou policurvo, que acompanham melhor a curvatura do cone, permitindo melhor centralização, conforto e nitidez visual. Em casos especiais, quando há intolerância à lente, pode-se utilizar lentes gelatinosas com desenhos especiais ou lentes em sistema Piggyback (uma lente gás-permeável sobre uma lente gelatinosa).
O Cross Linking do colágeno corneano é o único tratamento comprovadamente eficaz em evitar a progressão do ceratocone. O tratamento consiste em expor a córnea à luz UVA associado a uma aplicação de colírio de riboflavina (Vitamina B2), o que leva a uma indução de ligações covalentes entre as moléculas, desta forma fortalecendo as fibras de colágeno corneano (que representam as pontes de sustentação da córnea). Assim, há um aumento na rigidez da córnea, deixando-a mais firme.
Usamos um dos mais modernos aparelhos de Cross Linking do mercado. Este equipamento dispõe de sistema de vídeo integrado para controle da fixação e LEDs para uma perfeita análise de centralização e distância focal, além de uma emissão luminosa estável e homogênea. Seu grande diferencial é que permite a aplicação de luz UVA necessária para o fortalecimento da córnea em apenas 8 minutos, ao invés de 30 minutos necessários nos aparelhos tradicionais, o que gera mais conforto e rapidez ao procedimento.
• Ceratocones em evolução grau I a III. • Degeneração marginal polúcida em evolução. • Ectasias corneanas pós cirurgia refrativa.
• Córneas muito finas (espessura corneana < 400 µm). • Cicatrizes corneanas centrais densas.
O tratamento é realizado com anestesia tópica (colírio anestésico), de forma ambulatorial. É indolor e muito seguro. É removido o epitélio (camada superficial) da córnea, para que a Riboflavina (Vitamina B2) em forma de colírio possa penetrar na córnea. Em seguida, pinga-se este colírio por 30 minutos. Logo a seguir, aplica-se a luz UVA por 8 minutos. Após, coloca-se uma lente de contato terapêutica que será removida entre 5-7 dias, após a reepitelização corneana.
O paciente deverá usar colírios antibióticos e antiinflamatórios por algumas semanas. Nos primeiros dias é comum um desconforto leve e ardência ocular. A recuperação visual é gradativa, tornando-se estável geralmente após 30 dias. Importante observar que o Cross Linking estabiliza o ceratocone, mas nem sempre há uma melhora da acuidade visual, portanto geralmente é necessário continuar usando óculos ou lentes de contato após o procedimento, visando obter visão mais nítida. O tratamento é realizado de forma única (uma vez somente) e seu resultado dura vários anos. Até o momento não há estudos que indiquem a necessidade de repetir-se o procedimento, porém não pode-se descartar completamente uma eventual repetição do tratamento após alguns anos em pacientes muito jovens.
O anel intracorneal é uma órtese semicircular transparente e ultrafina de cerca de 5mm de diâmetro, confeccionada de acrílico, que é o mesmo material usado em algumas lentes intraoculares. É perfeitamente tolerado, não havendo o risco de rejeição. O anel é indicado em pacientes com ceratocone em evolução de qualquer faixa etária, intolerantes a lentes de contato e com córneas bastante irregulares. A cirurgia tem finalidade ortopédica, ou seja, o anel é implantado a uma profundidade de 80% de espessura, no estroma corneano, desta forma alterando a curvatura corneana, reduzindo sua irregularidade e melhorando a visão. A cirurgia também pode ser indicada em ectasias corneanas pós-Lasik, astigmatismo irregular pós transplante de córnea e degeneração pelúcida. A cirurgia é feita com anestesia local, é rápida (dura cerca de 30 minutos) e indolor. É uma técnica cirúrgica reversível, permitindo portanto que os anéis sejam removidos futuramente, em caso de correções inadequadas, sem qualquer prejuízo para a córnea. A cirurgia também não impede ou prejudica o transplante de córnea, na eventualidade de vir a ser necessário. A recuperação visual é rápida. A estabilização visual ocorre após o terceiro mês. A melhora visual ocorre devido à redução do astigmatismo irregular corneano, e é variável para cada paciente. Os melhores casos são em córneas não muito finas (>400 µm) e curvaturas menores que 55 dioptrias. Na maioria dos casos, é necessário o uso de óculos ou a readaptação de novas lentes de contato para melhorar ainda mais a visão.
A ceratite é uma doença inflamatória da córnea, podendo ser causada por agentes infecciosos (vírus, bactérias ou fungos), alérgicos (ceratoconjuntivite alérgica), traumáticos ou tóxicos (ceratite por ressecamento corneano, uso de lentes de contato, uso de colírios, entre outros). As ceratites podem ser superficiais em suas formas leves, porém em casos severos podem evoluir para ulcera corneana com perda de tecido cornenano, causando leucomas (cicatrizes) na córnea, com redução importante da visão. Em raros casos, pode haver perfuração da córnea. Os sintomas incluem dor e ardência ocular, secreção, fotofobia e visão turva. O diagnostico é feito no exame oftalmológico, com os equipamentos adequados. O tratamento varia, dependendo do agente causador (etiologia), mas geralmente, nos casos leves consiste em uso de colírios antibióticos , anti-inflamatórios ou lubrificantes. Em casos graves, pode ser necessário cirurgia na córnea.
A conjuntivite é uma doença inflamatória da conjuntiva ocular, causada por agentes infecciosos (bactérias ou vírus), alérgicos ou tóxicos. Os sintomas geralmente são: olhos vermelhos, secreção ocular, fotofobia e visão turva. O diagnóstico somente é feito de forma correta com os exames oftalmológicos, sendo importante diferenciar o agente causador da conjuntivite, pois alguns colírios vendidos de forma corriqueira nas farmácias ou prescritos por médicos não oftalmologistas podem agravar alguns tipos de conjuntivite, sendo contraindicados (por exemplo, uso de colírio com corticoide em conjuntivite viral). O tratamento geralmente é feito com colírios antibióticos, anti-inflamatórios ou antialérgicos, dependendo do agente etiológico.
O hordéolo (popularmente conhecido como terçol) é um processo inflamatório e/ou infeccioso das glândulas especializadas que possuímos na borda palpebral. Geralmente ocorre pela obstrução e proliferação bacteriana destas glândulas, gerando um pequeno abcesso palpebral. A lesão localiza-se na borda palpebral, com uma área hiperemiada, sensível e dolorida, podendo ou não ocorrer secreção. O hordéolo tratamento geralmente consiste em compressas mornas associadas a colírios antibiótico e/ou anti-inflamatórios. Em alguns casos recomenda-se a drenagem cirúrgica do abcesso, que é feita com anestesia local. O calázio é um processo inflamatório crônico das glândulas de Meibômio, localizadas na borda palpebral. Geralmente consiste numa lesão nodular elevada, indolor e dura ao toque, na borda palpebral. O tratamento clínico é similar ao do hordéolo, sendo que se não desaparecer desta maneira indica-se a drenagem cirúrgica.
O pterígio é uma doença da conjuntiva em que ocorre o crescimento de tecido fibrovascular por cima da córnea, causando também uma tração sobre o tecido conjuntival. A etiopatogenia é uma provável mutação das células do limbo (região entre a córnea e a conjuntiva), causada por exposição à luz ultravioleta (radiação solar). O pterígio pode causar diversos sintomas: ardência, irritação, lacrimejamento, sensação de corpo estranho. Nos casos avançados pode causar distorção da córnea, com consequente astigmatismo irregular e piora da visão. O tratamento do pterígio na sua fase inicial é clinico, com colírios lubrificantes e vasoconstritores para aliviar os sintomas. Nos casos moderados e /ou avançados, pode-se recomendar a cirurgia. Existem diversas técnicas cirúrgicas, com diferentes taxas de recidiva (chance de volta do pterígio) Recomendamos a técnica de pterigioplastia com transplante de conjuntiva e células límbicas, pois é a que apresenta menor chance de recidiva e maior índice de sucesso. A cirurgia é feita com anestesia tópica (colírios) em regime ambulatorial.
A uveíte é uma doença inflamatória que acomete a úvea (camada intermediária do olho, compreendendo a íris, corpo ciliar e coroíde). A uveíte pode ser anterior, intermediária ou posterior, dependendo da região uveal afetada. A uveíte pode ser causada por: •Infecções oculares (virais, bacterianas ou fungicas); • Doenças reumatológicas ou autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus, eritematoso, sistêmico, espondilite anquilosante, sarcoidose, entre outros. • Doenças sistêmicas como tuberculose, sífilis, toxoplasmose, herpes. • Doenças neoplásicas como leucemia e linfomas. • Idiopática (quando não se conhece a causa exata da uveíte). Os sinais e sintomas da uveíte são muitos variados: hiperemia ocular (olho vermelho), dor ocular, fotofobia, visão turva, escotomas e moscas volantes. O tratamento da uveíte depende do tipo, severidade e da etiologia (causa) da doença, podendo variar de colírios anti-inflamatórios e/ou antibióticos até tratamento anti-inflamatório e/ou antibiótico via oral ou imunomoduladores.
O dermatocalaze é uma dobra excessiva de tecidos da camada anterior da pálpebra superior, associada com protrusão de gordura orbital. A bolsa palpebral consiste geralmente em protrusão da gordura orbital da região da pálpebra inferior. Estas alterações geralmente ficam mais evidentes após os 40 anos de idade e são de natureza involucional e/ou genética. Pacientes com dermatocalaze podem apresentar alguns sintomas como dificuldade na elevação da pálpebra superior , sensação de peso nos olhos, apresentam aspecto cansado e envelhecido e em fases mais avançadas pode ocorrer redução do campo visual superior. O procedimento cirúrgico para correção da dermatocalaze e bolsa palpebral chama-se blefaroplastia e consiste na remoção do excesso de pele e gordura das pálpebras. A cirurgia é realizada com anestesia local sob sedação, em regime ambulatorial. Usamos o bisturi de radiofrequência, que permite melhor controle de hemostasia e manipulação dos tecidos, com resultados pós operatórios excelentes. Os benefícios da blefaroplastia consistem em redução da sensação de peso e cansaço das pálpebras, melhora estética e rejuvenescimento da expressão facial e até ampliação do campo visual.
O glaucoma é uma neuropatia óptica , ou seja, uma doença que causa lesão Irreversível no nervo óptico. Seu principal fator de risco é o aumento da pressão intraocular (PIO). É mais frequente em pessoas acima dos 35 anos de idade e tem predisposição genética,ou seja, frequentemente vários membros da mesma família são afetados.
Na maioria dos casos a doença é assintomática em sua fase inicial ( não causa dor ou perda perceptível de acuidade visual) e se não diagnosticada e adequadamente tratada pode levar a perda de visão central e mesmo cegueira irreversível posteriormente. Mas o glaucoma pode ser tratado e controlado evitando a perda de visão. Fazer o diagnóstico precoce é fundamental para que a visão seja preservada. O diagnóstico é realizado por uma série de exames, entre eles: Tonometria (medida da pressão intraocular), paquimetria (medida da espessura corneal), campimetria computadorizada, retinografia do nervo óptico e tomografia de coerência ótica do nervo óptico e fibras nervosas. O Instituto de Oftalmologia do Vale dispõe de modernos equipamentos para o diagnóstico precoce e preciso da doença, o que possibilita o tratamento adequado e a prevenção da perda visual pelo glaucoma.
Retinografia Digital – mostrando área de escavação aumentada do nervo ótico, causada pela atrofia das fibras nervosas pelo glaucoma.
O tratamento inicial geralmente é com uso de colírios antiglaucomatosos que reduzem a pressão ocular a níveis adequados evitando a progressão da doença. Em casos selecionados são indicados tratamento a laser e cirurgias fistulizantes antiglaucomatosas. O glaucoma é uma doença crônica necessitando de tratamento e acompanhamento oftalmológico contínuo por toda a vida.